terça-feira, 18 de novembro de 2014

O segundo lado - Parte 2

Robs tremia de raiva enquanto ia para um novo distrito, quando se acalmou, levou-o para analise, sem digitais. Decepcionado, leu de novo e de novo, até que ... TRÊS ? Como TRÊS ? Foi um homem e uma mulher mortos , chamou Bones.
- Ei Bones ! Vem cá .
- O que foi ?
- Você já leu isso ?
- Lógico, porque ?
-Percebeu que ele fala  ”JÁ FORAM TRÊS “ ?
- NÃO ! COMO ASSIM ? Será que ...
- Procura  qualquer  assassinato  registrado. VAI !
Os dois detetives estavam a flor da pele. Aquela é a única brecha do assassino em semanas. Procuraram em tudo até que :
“MULHER É ACHADA ESQUARTEJADA DENTRO DE CARRO, SUA IDENTIDADE PERMANESSE  EM ANÔNIMO .”
- Olha isso Bones ! – fala empolgado - procura algo do tipo nos registros da policia.
- ACHEI ! – gritou ele
- “A vítima tinha uns 30 anos, era mulher e foi violentada, esquartejada  e seus restos deixados em seu carro, um Honda Civic, placa 1203. Restos mortais em direito dos policiais de Toronto.
Nome da vítima : Michelle Smith”
Imediatamente os detetives ligaram pra lá.
- Polícia de Toronto
- Oi ! Sou o detetive Bones e quero perguntar do caso da mulher esquartejada encontrada a alguns dias ai .
- Qual seu interesse ?
- Estamos investigando o  assassinato de um homem, a mulher desapareceu e a melhor amiga dela foi morta, temos certeza que é a mesma vítima.
- De que distrito vocês são ?
- Estamos no distrito treze de Hamilton.
- ok , estou indo ai.
Alguns minutos depois ...
- Olá, sou o detetive Nascimento, vim pelo caso dos Smiths.
- Olá, eu sou Robs e esse é o Bones
- Ok, podem me dar a ficha do caso ?
- Claro, aqui está .
-Vocês já avisaram o pai sobre a morte ?
- Não, Grrr ! Quanta coisa estamos esquecendo, continue lendo detetive, vamos chamá-lo, já voltamos.
Quando o velho recebeu a noticia, se debulhou em lágrimas, ficou aos prantos, aquilo, deu mais animo e vontade aos detetives, eles iriam pegar aquele assassino. Voltando ao detetive Nascimento e a ficha.
- Vocês já foram falar com as irmãs da Sra. Smith ?
- Não, íamos hoje, mas como o distrito foi queimado, acabamos esquecendo.
- Ok, vamos então.
Pegaram as viaturas e foram. Deby e Nátalie moravam em bairros familiares, crianças brincando na rua, pouco movimento, casas que não se via a diferença. Aliás, bem perto da casa da Sra. Smith. Bateram a porta, uma moça de vestido florido, cabelos amarelos como o sol e olhos como perolas, atendeu . Era Deby.
- Pois não ?
- Olá, somos da polícia, podemos entrar ?
- Claro, por favor
Tanta delicadeza, parecia que ia se quebrar. Eles se encantaram, ela não parecia suspeita, mas estávamos falando de um assassinato,e ninguém é inocente até que provemos o contrário.
- Senhorita ... Deby néh ?
- Isso, mas pode me chamar só de Deby.
- Ok. Bom Deby, estamos aqui para falar da sua irmã, a Michelle.
- Claro, podem perguntar.- falou com um sorriso.
- Michelle tinha inimigos ?
-Não, ela era a alma da festa, todos a amavam.
-Ela falou algo sobre o casamento ?
- Não.
Os policiais insistiram, até que alguns minutos com a mesma resposta “não”, eles apelaram.
- Deby, sua irmã foi encontrada morta e precisamos que nos conte algo, estamos de mãos atadas.
Aquele rosto tão rosado, ficou branco, ela ainda tinha esperanças da irmã estar viva. Ficou lá, paralisada, tentando absorver a noticia.Tentamos falar com ela, mas nada. Até que :
- Ela não reclamava do casamento, mas não gostava do carteiro, ele assusta, não só assustava a Michelle como muitos moradores. Ficávamos horas falando sobre ele.
- Algo mais ?
- Não, pergunta pra Nátalie, elas eram muito companheiras.
- Obrigada.
Antes de fecharmos a porta, vimos uma lágrima escorrendo daquele rosto agora tão branco quanto um fantasma. Fomos até a casa da Nátalie, por mais que morasse em um bairro familiar, a moça nos pareceu “rebelde”. Usava roupas folgadas e rasgadas, o cabelo negro todo desarrumado, maquiagem borrada e na casa, latinhas de cerveja por todos os lados. Pelo visto, a Sra. Smith gostava de uma bagunça .
- Você e a Michelle eram muito amigas ?
- Sim, aquela louca aprontava mais que eu na noite (risadas)
- Vocês costumavam sair muito ?
- Hurum ... Legal mesmo é quando aquela amiga dela vai junto
- Sheila ?
- Essa ai mesmo, falando nisso vocês sabem algo dela ? Desde a noite em que fomos paradas por um sujeito maluco, nunca mais vi ela.
- Que sujeito ?
- E eu lá vo sabe ? Tava escuro e eu não sou coruja pra enxergar no escuro !
Os detetives se entre olharam, respiraram fundo e continuaram .
- Quando foi isso ?
- A umas semanas atrás, o Chis ainda estava vivo . Mas ei, vocês ainda não responderam se sabem algo sobre a Sheila, eu fico aqui sentada respondendo tudo e vocês nem pra me responderem isso ?
- Não podemos.- disse Bones aponto de enforca- lá
- Então ta ! Eu também não vo responde mais nada ! Pode indo embora .
- ELA ESTÁ MORTA ! – disse Robs irritado
A menina ficou pasma, não sei se foi pela reação de Robs ou pela morte de Sheila.
- Vocês sabem se minha irmã está viva ?
- Lamento, encontramos o corpo a alguns dias
Nátalie começou a ficar mais séria e mais quieta ao longo do interrogatório, não queria mais responder, Robs e Bones irritados não perceberam muito, mas Nascimento sempre calmo nesses 32 anos na polícia, estava suspeitando cada vez mais que Nátalie sabia de algo.  
- Antes de irmos embora, percebi que há algumas “tampinhas de canetas” em seu chão, posso vê- las ? São meio diferentes. – disse Nascimento olhando diretamente nos olhos dela.
- Você deve estar enxergando errado detetive, está meio bagunçado aqui, mas não tem tampinhas de caneta pelo chão. – disse Natalie desviando do olhar.
- Então eu mesmo as pegos. Licença... – disse ele se levantando
- NÃO ! – gritou Nátalie pulando do sofá – quer dizer... não se preocupe, eu as pego.
Nascimento sentou- se, esperou a moça virar de costas, e a acompanhou sem que ela percebesse. Junto as latas de cerveja havia pequenas cápsulas de cocaína, Nátalie estava escondendo elas, quando ouviu no alto do seu ouvido uma voz grossa dizendo :

- Te peguei.

Continua ....

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